Por que a carreira da mulher é mais penosa que a dos homens?

images carreira mulherA carreira da mulher é muito diferente e mais penosa do que a carreira dos homens. A princípio pode parecer um comentário feminista e conservador ao mesmo tempo, mas a consistência dos argumentos que pretendo colocar neste artigo mostrará que ela é bem mais complexa do que a miopia de um mercado de trabalho ainda muito masculinizado.

O primeiro impacto mais relevante foi quando decidi ter meu segundo filho em um momento profissional de consolidação e por outro lado, um momento econômico do país muito sensível e frágil. A mulher quando próxima dos 40 anos precisa tomar decisões pessoais e profissionais muito difíceis. O tempo e a natureza não esperam o momento certo para construir uma família. A idade da mulher chega e ela tem que decidir pelo sim ou pelo não, no que se refere ao plano de ser mãe. Conheço muitas profissionais que abriram mão deste sonho da maternidade em prol do planejamento de carreira  e velam diariamente esta frustração que não volta mais. Por isso, acho extremamente relevante dar uma chance e correr o risco, mesmo ciente de todo o preço que isso possa custar.

As profissionais que conseguem gerenciar de forma saudável e relativamente equilibrada a relação maternidade x carreira, desenvolvem competências relacionadas à inteligência emocional, gerenciamento do tempo e liderança acima de média da população masculina. A neurociência confirma que a estrutura do cérebro das mulheres é alterada com a gravidez, talvez de forma irreversível. O cérebro da mulher se adapta para reconhecer rapidamente os sinais não verbais do bebê e atender suas necessidades.

A mulher atual vai adiando o planejamento familiar em prol das demandas recorrentes do âmbito de carreira. Desta forma, ela acaba decidindo ter filhos no momento mais delicado da carreira que é exatamente quando precisa de toda a energia e preparo para investir em sua ascensão. E é justamente por isso que a “pausa”, melhor definida como uma “estagnação profissional consciente” pode ser benéfica para o equilíbrio emocional que ela tanto precisa para gerar uma sociedade psicologicamente saudável.

Por isso, é extremamente importante que a profissional que toma a decisão de ser mãe e também tenha o desejo de investir em uma carreira sólida, aceite o fato de que PAUSAR e NÃO SE COBRAR demasiadamente neste momento é benéfico inclusive para sua própria vida profissional. Muitas vezes, saber o seu limite é o que mais a nossa sociedade necessita no mundo de hoje. LIMITAR E PRIORIZAR!

Sempre que um profissional vem se aconselhar comigo e se queixa das falhas da organização ou dos problemas que a vida lhe traz, pergunto:

– Sabe qual é o único lugar perfeito que um indivíduo já esteve em sua vida toda? O útero materno!

A partir do nascimento, o bebê se depara com o seu primeiro trauma e precisa se adaptar às imperfeições que o mundo lhes presenteia!

Agora, se o mundo é imperfeito por natureza, como faremos para lidar com isso? Como compensar e aceitar as diversas formas de superar os desafios e problemas cotidianos?

É claro que a resposta não é simples e objetiva, mas adianto que a CONSCIÊNCIA sobre os nossos atos e o AUTOCONHECIMENTO nos trarão uma boa dose de conforto e felicidade! Viver uma vida consciente, livre de ciladas compensatórias e ter o equilíbrio para pagar o preço das nossas decisões, nos trará grande serenidade e paz interior.

Voltando um pouco ao tema da carreira feminina, reforço:

Se a mulher tiver a sabedoria para gerenciar a “PAUSA” na carreira, permitindo-se curtir sua maternidade com amor e dedicação, isso irá inclusive beneficia-la profissionalmente, desenvolvendo capacidades evolutivas que só ela conseguirá. Esse será o maior e mais complexo MBA que a vida poderá lhe oferecer – “SER MÃE”.

Devemos aceitar que não dá para ser tudo para todos, que ser mãe e profissional ao mesmo tempo, não significa vestir a fantasia da “mulher-maravilha”. Encarar esta realidade já é um grande passo para assumir as imperfeições do mundo e trazer um pouco de paz interior no grande turbilhão que é a carreira da mulher!

Rose Kurdoglian

Engajamento não é modismo

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Muito se ouve a palavra engajamento nas organizações e a pergunta que surge na maioria das vezes é: para quê precisamos nos preocupar com a motivação interna das pessoas que trabalham nesta empresa?

A resposta é óbvia, mas a prática não é tão simples assim. Traduzir os diferentes tipos de interesses e motivações das pessoas que trabalham em uma empresa é o principal desafio da área de Gestão de Pessoas dentro das organizações. Isso por que não requer apenas boa vontade e visão estratégica, exige-se também um trabalho sincronizado entre colaboradores, gestores, recursos humanos e alta direção. Estes quatro agentes devem orientar seus esforços para a mesma direção, abdicando dos seus interesses pessoais, em prol da força do conjunto.

O grande vilão do engajamento é sem dúvida o egoísmo, considerada ainda a primeira característica aparente em um indivíduo recém-chegado ao mundo. Nós, seres humanos, nascemos egoístas e à medida que amadurecemos, vamos negociando nossas vontades individuais, em prol de um bem maior, o grupo e as pessoas que nos importamos. Desta maneira, evoluímos na mesma proporção da nossa capacidade de sermos altruístas.

Voltando então ao assunto presente, entende-se que para construir um colaborador produtivo, é importante considerar 3 pilares pelos quais o engajamento é composto: Significado, Conexão e Confiança.

O significado está relacionado ao propósito de vida que se traduz no diálogo entre legado e atividade atual. Assim, para que se engaje um indivíduo, devemos necessariamente nos importar em responder a famosa pergunta do filósofo brasileiro Mário Cortella – “Por que fazemos o que fazemos?”

Além do propósito, o próximo desafio das organizações é Conectar valores pessoais com a filosofia empresarial. Deve-se haver uma sinergia muito próxima entre crenças internas e estilo de gestão da companhia. É inconcebível pensar em reter um colaborador que tecnicamente é excelente, mas no que tange aos valores internos, há profundas divergências.

Por fim, passamos para o último e não menos importante deles, a Confiança. Ela ocupa um papel muito importante no cenário organizacional e não trabalha jamais sozinha. Entra em cena novamente o trabalho em equipe dos 4 agentes de mudança das empresas: colaborador, gestor, RH e alta direção. Todos devem ser dignos de confiança para que mutualmente possam criar uma conexão perene. A confiança é o principal pilar onde o relacionamento se estabelece de forma duradoura.

Depois de explanarmos todos estes conceitos, podemos concluir que o engajamento é uma tarefa muito complexa de se colocar em prática. Desta forma, entende-se que temos aí uma grande oportunidade de realmente fazer a diferença quando se pensa em agregar valor ao produto ou ao serviço de uma determinada organização. Quem se engaja, excede os padrões normais de performance, surpreendendo expectativas.

Fazer a obrigação é ponto de partida. Engajar é o principal objetivo para se ter uma empresa que se destaque perante a escolha do cliente. Portanto, engajamento, não é e não deve ser apenas uma palavra bonita que as empresas apreciam verbalizar por aí.

Rose Kurdoglian

 

Carta para a Mamãe

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Mamãe, bom dia! A primeira grande mulher que cruzou o meu caminho, também foi a que me ensinou a liderar e a ser liderada. Dos ensinamentos mais instintivos até os mais complexos, dos primeiros passos até as grandes conquistas, da decadência do fracasso ao início do sucesso.

Agradeço a sua doação incondicional por emprestar seu corpo, suas noites mal dormidas e sua constante vigilância protetiva. Pena que, somente quando crescemos e temos nossos filhos,  podemos perceber como é difícil o processo de criação e educação de um ser humano.

A maior universidade do mundo é a vida. A principal protagonista desta instituição é a mãe. Ela sugere limites, sinaliza os perigos, imprimi seus valores e dá a direção. O acolhimento da mãe aquece até os corações mais duros, abranda os momentos mais tensos e transcende o que a vida chama de terra.

Por que você é uma grande mulher? Ora! Por que você foi capaz de amar incondicionalmente. Não pensou em obter algo em troca. Você foi ética na sua mais profunda instância, você se comprometeu em uma viagem sem volta, olhou para longe e disse, “não importa o que acontecer, estarei ao seu lado para a eternidade!”

Mãe é isso, em prol do seu amor dedica a sua vida, o seu tempo e doa a sua alma ao bem da humanidade.

Feliz dia das mães!

Mãe eterniza a Humanidade

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Por mais que a rotina esteja intensa nos últimos dias, não poderia deixar de e dedicar minha homenagem ao Dia das Mães.

A maternidade é e sempre será a melhor representação de eternizar a humanidade. A vida que se gera também representa o futuro que se espera.

Todos os dias, milhares de mulheres dão a luz e ainda assim, cada nascimento comemora-se um momento único na vida daquela família. Isso por que a criatividade divina é tamanha a ponto de gerar seres humanos diferentes todos os dias. A diversidade, portanto, é bela por ser inédita!

A mãe, quando segura seu filho no ventre, idealiza a sua aparência física, os primeiros passos, as primeiras palavras. A seguir, fantasia como ele irá se expressar, sua personalidade e seu futuro. Entretanto, a vida mostra que por ser inédita e imprevisível, exige adaptação e resiliência.

O prazer de ser mãe se confunde com a dor que se inicia no parto e termina com um sorriso. Já na perspectiva de filho, a proteção maternal transforma-se em admiração e amor incondicional da mãe que todos temos.

O filho se vê através da mãe. Ele se influencia por ela antes mesmo de reconhecer a serventia de um espelho. A mãe se eterniza quando passa a transferir sua proteção para o filho, tornando-o independente e suficientemente capaz de enfrentar os diversos desafios que a vida lhe presenteia. Por fim, esta relação se perpetua à medida que ambos, apesar de unidos inicialmente pelo cordão umbilical, tornam-se Dois seres individualmente felizes e eternamente unidos.

É muito gratificante poder se distanciar de um filho e saber que parte de você está lá dentro. Seus valores, suas crenças, seus alertas de perigos e finalmente suas lembranças de felicidade.

A mãe precisa, mais do que nunca, se esforçar para ser feliz, assim como o filho deve entender que nem mesmo ela, será capaz de fazê-lo sorrir eternamente. Ambos constroem um legado positivo de como ser feliz em um mundo tão desafiador e ao mesmo tempo surpreendente no seu contexto incerto.

Parabéns a todas as mães, biológicas ou de coração, por enfrentarem todos os dias o desafio de espelhar para seus filhos, a beleza e a diversidade da vida!!

 

Rose Kurdoglian

O que faz com que as pessoas se desenvolvam?

banner-880320_1280O conceito de Gestão de Pessoas atual, envolve 4 fatores básicos: Competência, complexidade, desenvolvimento e carreira. Neste cenário, entende-se que competência, de acordo com a escola francesa, é a capacidade do indivíduo de colocar em prática a demanda da organização agregando valor para o contexto. Um exemplo seria a visão sistêmica e estratégica na resolução de problemas. O segundo conceito é a complexidade, caracterizada pelo nível de abstração e de dificuldade frente ao contexto apresentado. Quanto maior a complexidade, maior a agregação de valor. O terceiro e não menos importante, é o desenvolvimento, que ocorre justamente em decorrência dos desafios apresentados pelo indivíduo no seu dia-a-dia profissional. É quando a pessoa incorpora atribuições de maior complexidade. Finalmente o quarto fator relacionado à gestão de pessoas é a carreira em si, definida pela sucessão de degraus de complexidade. Vale ressaltar que a carreira pode ser erroneamente confundida pelo rótulo, costumeiramente conhecido como título do cargo. Nem sempre o cargo traduz o nível de complexidade das atribuições e responsabilidades desenvolvidas pelo profissional.

Para entender o momento de carreira de uma pessoa é necessário adotar uma análise mais profunda do impacto desta pessoa sobre aspectos como: nível de atuação, abrangência, escopo de responsabilidade, nível de estruturação e autonomia. É fundamental compreender como estes 4 fatores interagem entre si para, então, analisar as possíveis inconsistências presentes nas organizações. Sendo assim, o ponto de convergência dentre os 4 fatores poderia ser compreendido como o equilíbrio entre desafio e capacidade. É através desta balança que se faz viável a perpetuação de uma gestão de pessoas sustentável dentro das organizações. Quando há a conciliação de expectativa entre profissional e empresa, Carreira e Competência se encontram. É verdade que a pessoa só se desenvolve quando desafiada. Por isso, quando a empresa provoca o diálogo e patrocina o desenvolvimento das pessoas, ela ajuda o profissional a ampliar a visão de contexto e seu nível de abstração. Desta maneira, a organização passa a colaborar ativamente para o desenvolvimento efetivo de seus profissionais e retroalimentar seus resultados provenientes desta gestão.

Em conclusão, para que a organização desenvolva uma gestão de pessoas eficaz, faz-se necessário estabelecer sinergia entre estes 4 conceitos básicos, criando um ambiente favorável à entrega esperada. Em outras palavras, a cultura organizacional deve criar condições para que suas demandas e expectativas sejam atendidas.

 Rose Kurdoglian

Carreira : Se tudo será diferente para quê planejar?

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À medida que revisitamos o caminho que percorremos e traçamos os próximos passos na carreira, nos deparamos com um sentimento muito estranho, onde realidade e expectativas se encontram de forma inusitada.

Ao pensarmos em futuro, partimos do pressuposto de que tudo é possível, tudo também é adaptável, nem sempre será viável e definitivamente será diferente do que sonhamos para nossas vidas.

Pergunta: Se a história que projetamos para a carreira será diferente no mundo real, vale a pena continuar tentando? O que nos move nem sempre é o que nos leva para onde queremos estar, então, para quê mover-se?

Quando conhecemos de perto a trajetória de cada profissional, é fácil reconhecer aqueles que lidam com esta questão de uma maneira mais profunda e sincera consigo mesmo. São profissionais que se responsabilizam não apenas pela tarefa ou pelo cargo que ocupam. A ligação e o sentido estão mais relacionados ao papel que cumprem neste mundo, nesta sociedade.

Passei por vários momentos na minha vida profissional e quando percebi que posso ser mais que o cargo que ocupo, uma grande janela de oportunidades se abriu à minha frente. Pude perceber que o meu propósito é a expressão dos meus talentos e, por isso, o maior reconhecimento virá de dentro e não de fora. Percebi ainda que a única forma de ter sucesso na profissão é criar oportunidades de doar estes talentos às pessoas ao nosso redor, sem necessariamente esperar algo em troca.

Percebo certos profissionais dotados de muitos talentos a serem compartilhados, mas com uma carência enorme por atenção, reconhecimento e principalmente poder.

Diagnostico esta situação como “miopia de carreira”, onde o foco que deveria vir de dentro para fora, passa a ser determinado por um desejo que vem de fora. Um exemplo disto é o profissional que faz de tudo para ter a aprovação do “chefe”. Ele “dança conforme a música”, inclusive aquelas em que ele próprio não aprecia. Frequenta lugares que não se identifica, vislumbra a visão pré-determinada do outro e vive o presente de forma indiscriminada e cego do futuro.

Aos poucos, esta alienação vai desgarrando o indivíduo dos seus talentos internos e o tornando um ser incapaz de vontade própria. Algumas empresas nomeiam erroneamente este processo de “aculturamento” ou “catequização interna”.

Claro que para se viver abaixo de uma estrutura organizacional é necessário uma boa dose de adaptação às normas e procedimentos que regem aquele espaço. Entretanto, deixar de pensar no seu propósito de vida, de uma maneira mais ampla, impede a prosperidade na vida em si. Ademais, limita a evolução da pessoa que está por trás do cargo, obstruindo o espaço para ver estrategicamente o mundo em si.

A ciência da Gestalt nos diz que uma vez visto, o objeto nunca mais poderá ser ignorado. Em outras palavras, se tomarmos consciência da nossa miopia na vida, jamais conseguiremos voltar à ignorância e alienação.

Sendo assim, visitar a consciência e procurar tornar-se um ser mais evoluído, inclusive espiritualmente, é uma tarefa do homem em sociedade que vislumbra melhorar o espaço por ele ocupado. Esta é uma responsabilidade que independe de qualquer variável externa, senão de nós mesmos.

Certamente a vida fica muito mais leve e interessante quando desinvestimos energia em aspectos como poder e reconhecimento, tão citados internamente nas empresas. O reconhecimento e o poder, podem vir como consequência de um investimento muito mais elevado e nobre – da expressão do seu “EU VERDADEIRO”.

O desafio está dentro das pessoas que muitas vezes estão demasiadamente pré-ocupadas com opiniões alheias, disputas inócuas e um futuro que jamais será exatamente conforme previsto.

A beleza da vida está justamente na incerteza dos acontecimentos. Muitas vezes o simples fato de repensar continuamente nossa história profissional é o que nos faz evoluir e valorizar os pequenos acontecimentos desta caminhada.

 

Rose Kurdoglian

 

Para quê serve o caos?

hand-302802_1280Não se pensa em outra coisa hoje em dia do que estabilidade. As pessoas muitas vezes nem olham para o lado para não correrem o risco de perder seu espaço conquistado na sociedade. Abdicam de desejos, propósitos e até dos próprios filhos, em função da promessa de cumprir com os compromissos auto-impostos e vencer a barreira da vida em uma sociedade de status e conquistas. Será que realmente precisamos de tudo isso?

Quebrar este modus operandi não é nada fácil. Para muitos, praticamente impossível.

Resistir às oscilações de humor que nossa mente às vezes nos impõe é uma atitude tortuosa e até vista por muitos como involuntária. Quando você está mais sensível emocionalmente, parece que outra pessoa dentro de você passa a dominar e dizer palavras que não se quer ouvir.

É difícil vencer momentos incertos, principalmente quando olhamos para o céu e vemos que a tempestade está iminente. Surge o desejo de fuga, de viajar para bem longe! Ver pessoas desconhecidas e até curtir a própria companhia, livre de obrigações, amarras e apegos materiais.

Por outro lado, Friedrich Nietzsche dizia “Se houver amor em sua vida, isto pode compensar muitas coisas que lhe fazem falta. Caso contrário, não importa o quanto tiver, nunca será o suficiente.”

A realidade é que as nossas emoções e a angústia em se preocupar com algo que ainda não aconteceu, nos fazem esquecer da essência da vida! DO AMOR!

Sempre que estou sendo dominada por emoções ruins, pelo stress em lidar diariamente com pessoas, procuro lembrar-me de quem mais amo. Penso no dia em que minha filha nasceu, lembro-me do dia do meu casamento, no dia em que meu irmão reviveu da UTI aos 2 meses de idade. Estes e outros momentos revelam que o amor vence o imponderável. Que mesmo na carreira e na vida, deve-se acreditar que o amor supera os problemas que seguramente irão nos desafiar nesta trajetória.

Acredito que as adversidades que enfrentamos nas nossas vidas são essenciais para unir relações, provar que você é capaz e principalmente que o amor realiza aquilo que parecia impossível. Sou quem sou hoje, por que tive problemas para solucionar, por que passei por tempestades diversas e por que fui capaz de supera-las com louvor.

Todos nós também devemos acreditar que este sentimento dissolve qualquer impossibilidade de ação diante das dificuldades do nosso cotidiano.

Finalizando novamente com outra citação do filósofo Nietzsche: “É preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma estrela cintilante.”

Rose Kurdoglian

3 Atitudes para combater a Angústia diante de momentos difíceis

angst-807726_1280A angústia é o medo do que ainda está por vir combinado com a sensação de impotência por não ter como reagir frente a algo que ainda não ocorreu de fato. Em resumo, o que causa a angústia é a impossibilidade de resolver um problema que ainda não existe. Ou seja, angustiar-se é um sentimento inútil que precisa ser combatido. O sentimento de angústia não te alerta de nada, ele nem ao menos te ajuda a superar os problemas podendo inclusive paralisar e até descolorir o que ainda há de belo na sua vida!

Mas como combater a angústia tendo em vista um cenário de incertezas?

  1. Desenvolva Autoconfiança – Aprenda a valorizar suas forças. Estas funcionarão como um escudo que irá te proteger das diversas ameaças externas. Quais são suas fortalezas? Você conhece seus talentos? O que as pessoas mais elogiam a seu respeito? Escreva, releia, fale em voz alta e se admire por isso!
  2. Permita-se errar – Recentemente assisti um vídeo TED sobre “Talks on learning from mistakes” e a palestrante citou a importância dos erros no processo criativo e na vida do indivíduo. Desde muito cedo associamos o erro a algo estritamente negativo, o que na verdade, é uma mentira!
  3. Confie na sua capacidade de Superar – Ninguém evolui só por que acha interessante inovar ou se lançar a um novo desafio. Normalmente as grandes conquistas começam quando o indivíduo se vê em uma situação delicada ou fora da sua zona de conforto. Portanto, é fundamental abafar a angústia acreditando verdadeiramente na sua capacidade natural de Superar as dificuldades que a vida coloca.

Se a angústia abater a sua alma tome as rédeas da situação, levante-se de cabeça erguida. Perceba que a inutilidade deste sentimento é inversamente proporcional à sua capacidade de superar os desafios da vida! A sua razão de existir neste mundo, tem um propósito que só você é capaz de descobrir. Portanto, ame-se e distribua seus talentos mostrando que a vida é uma trajetória surpreendente e repleta de novidades!!!

Rose Kurdoglian

 

O que se precisa para ser feliz?

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Hoje acordei com um sonho. Sonho de realizar, de existir de forma intensa e verdadeira. De contagiar e encorajar o sonho das pessoas.

A vida é muito curta para viver de espera. Uma grande amiga de perfil conservador um dia me disse – “Sabe Rose, muitas pessoas fazem tudo certo para realizar seus planos, o que falta é paciência.” Mas será mesmo? A espera angustia, a espera mata a esperança, sufoca o coração e adia a vida.

Para quê precisamos esperar tanto? É tão gratificante poder acordar de manhã querendo que o dia aconteça. Querer realizar aquilo que acredita. Exercitar os seus talentos e ser recompensado por isso! É maravilhoso poder usar sua energia para contribuir através dos seus talentos por um mundo mais evoluído.

Não me arrependo de nada, nem mesmo quando sei que errei e que este erro me trouxe consequências muito negativas. Acredito na escolha inconsciente e na força deste destino. Mesmo os caminhos tortuosos levam você às verdadeiras intenções. Portanto, não importa se a escolha é para a direita ou esquerda, o destino é que deve ser nobre e sincero. O sucesso está mais na intenção do que no caminho a ser percorrido.

Os meios nem sempre justificam o fim. É o propósito que te direciona e impulsiona. Sou viciada em aprender coisas novas. Por isso, tenho fé que novidades sempre estarão presentes na minha vida, mesmo quando inesperadas. O novo traz a vida, o novo engrandece e faz brotar potencialidades desconhecidas.

Carreira é isso! É aquilo que acontece dentro de você enquanto você produz. É a sua autenticidade aflorada em fazer um bem maior para a sociedade. Transformar positivamente a vida das pessoas ao seu redor. Doar-se para viver plenamente sua trajetória no mundo.

É muito difícil não se iludir ao pensar que carreira é sinal de crescimento financeiro e de status social. Ganhar mais ou ter um cargo superior na estrutura de uma organização não garante uma carreira de sucesso. Vivemos para sermos felizes e a felicidade passa pela ocupação do dia-a-dia. Como diz Sigmund Freud quando questionado – O que se precisa para ser feliz? “Trabalho e amor.”

Neste sentido, esperar demais também pode significar adiar a vida ao ponto de perder a própria identidade. Alguns profissionais colocam em risco seus valores, crenças e até suas preferências pessoais, apostando no grande engano de associar status e enriquecimento com felicidade!

Até quando as pessoas vão aguardar? Justificativas nunca vão deixar de existir: Crise, filhos, dívidas, despesas fixas, bônus, estabilidade, status, benefícios tentadores. Estas podem se tornar formas de aprisionamento lícitas e inconscientes de adiamento de sonhos, prazeres e consequentemente vida!

Por isso, levante, viva e evite adiar constantemente seus sonhos. A procrastinação do novo traz consequências irreversíveis para sua autorrealização pessoal e profissional.

Rose Kurdoglian

5 Passos para um Feedback de Carreira Eficaz

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Primeiramente é importante entender e discutir o perfil da sua equip

1.Planeje a conversa:

Qual a geração? Quais seus anseios? Quais os comportamentos mais relevantes? Quais suas motivações? Quais as dificuldades? Como se comunicam?

2. Ouça com interesse

Para se iniciar uma conversa de Carreira é essencial que o gestor aprenda a Ouvir.

Escutar significa ser capaz de demonstrar Empatia genuína com os interesses do colaborador e auxiliá-lo no atingimento do seu propósito profissional e de vida. Portanto, procure primeiro Ouvir!

3. Ajude a encontrar o propósito

É comprovado que quando o gestor apoia e ajuda o colaborador a encontrar um propósito maior da sua atividade na empresa, aumenta-se substancialmente o engajamento e consequentemente sua produtividade.

4. Aposte na relação de confiança

Estabeleça uma relação de confiança com sua equipe. A premissa para se estabelecer uma relação de confiança é tornar-se um parceiro que irá ajuda-lo a viabilizar seus propósitos e interesses. É acima de tudo, cumprir com as promessas e agir conforme o discurso, mesmo que seja uma decisão impopular.

Vale também lembrar que sem credibilidade, qualquer conselho é irrelevante.

5. Forneça um feedback estruturado

Para se ter sucesso em um feedback deve-se seguir 3 premissas:

  1. Seja específico sobre o que a pessoa de fato disse ou fez e porque esta ação foi eficaz ou ineficaz.
  2. Forneça sugestões de resultados esperados, mas mantenha a responsabilidade sobre a pessoa.
  3. Ouça com TOTAL atenção. Preocupe-se em entender seu ponto de vista do que impor suas próprias opiniões.
  • O que NÃO fazer no feedback?
    • Não dê feedback vago sem ter o apoio de dados concretos.
    • Não diga o que não acredita. Seja autêntico.
    • Não adivinhe os motivos de alguém. Procure investigar a causa de um comportamento inusitado.
    • Não se torne defensivo sobre suas ações. O Gestor também se engana!
    • Não desista ou racionalize o feedback. Ex: Esse não tem jeito mesmo!

Rose Kurdoglian